sábado, 27 de dezembro de 2014

Nomeação de Cid Gomes para o Ministério da Educação desagrada Lula

Ex-presidente reclama do apagamento de alguns de seus fieis colaboradores em prol de aliados de Dilma.

Hermínia Vieira
jornalismo@cearanews7.com.br
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O ex-presidente Lula (PT) não esconde seu descontentamento com as escolhas que a presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) vem fazendo ao compor seu novo ministério. Após criticar a equipe econômica escolhida pela petista, foi a vez da nova leva de ministros anunciados ser reprovada no crivo do petista-mor.
A resistência de Lula ao nome do governador do Ceará, Cid Gomes, para o comando do Ministério da Educação começou antes mesmo da nomeação oficial do cearense, ocorrida nessa terça-feira (23). Dilma precisou vencer uma queda de braço contra Lula para bancar a indicação do protegido Cid Gomes. 
Segundo aliados do ex-presidente, o petista nunca engoliu as críticas que recebeu do governador cearense e de seu irmão Ciro Gomes, secretário de Saúde do Ceará. Para poupar a imagem de Dilma, os irmãos Ferreira Gomes jogaram a culpa pelos escândalos nos governos petistas sobre os ombros de Lula e acusaram-no de “fomentar” a corrupção.
Além disso, como principal articulador do PT, o ex-presidente queria "carta branca" para escolher os titulares da Educação, Fazenda e Cidades, ministérios entendidos como mais importantes e estratégicos para o partido para 2018.
A insatisfação de Lula não recai apenas sobre Cid, ela é generalizada.O petista reclama do excessivo destaque dado por Dilma ao ministro da Casa Civil, Aloizo Mercadante, que, de acordo com lulistas, busca se cacifar para a disputa presidencial de 2018, e do apagamento de alguns de seus fieis colaboradores, em prol de aliados da presidente.
Além de Aloizio Mercadante e de Cid Gomes, Dilma também priorizou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo e a amiga e futura ministra da Agricultura, Kátia Abreu. Da lista de lulistas escanteados,constam a ex-ministra da Cultura, Marta Suplicy; o chefe da secretaria geral da presidência, Gilberto Carvalho, que será substituído por Miguel Rosseto; Paulo Bernardo, que deixa o Ministério das Comunicações; e Celso Amorim, que deixa o Ministério da Defesa.

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