segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Ação busca salvar espécie tatu-bola

26.01.2015
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O tatu-bola é um animal exclusivo da fauna brasileira e vive na Caatinga e em áreas do Cerrado. No Ceará, a área de proteção fica na Serra das Almas
Na tentativa de livrar a espécie tatu-bola (Tolypeutes tricinctus) da extinção e adquirir mecanismos para o conhecimento em torno da forma de vida e do comportamento deste animal, o Projeto Tatu-Bola, da Associação Caatinga, em parceria com o Zoológico de Brasília, promoverá uma ação inédita na tarde de hoje (26).
Às 13h, no Aeroporto Internacional Pinto Martins, um tatu-bola macho, de aproximadamente 6 anos, resgatado nas proximidades da Reserva Natural Serra das Almas, no Município de Buriti dos Montes, no Piauí, será levado, através de transporte aéreo, para o Zoológico de Brasília, onde, além dos cuidados para sua proteção, serão realizadas pesquisas cientificas visando a conservação da espécie.
Animal exclusivo da fauna brasileira, o tatu-bola vive na Caatinga e em áreas do Cerrado. Por conta do aumento no desmatamento e da caça predatória, o animal faz parte da relação de espécies classificadas na categoria "em perigo" na lista vermelha de espécies ameaçadas de extinção, segundo a International Union for Conservation of Nature (IUCN, sigla em inglês).
O processo de transferência será acompanhado pela veterinária Flávia Miranda, que coordena estudos científicos realizados pela Associação Caatinga, e pela especialista em comportamento de animais silvestres Mariana Catapani, que avaliará a adaptação dos tatus ao novo lar.
O recinto que receberá o tatu-bola tem 40 m², sendo composto por uma área gramada e uma de areia com dois cambiamentos e uma maternidade com solário como um espaço adicional de 6,5 m². Neste primeiro momento, o animal não estará disponível para visitação.
No Ceará, a área de proteção do animal fica localizada na Serra das Almas, na divisa com o Estado do Piauí. A área é dirigida pela Associação Caatinga e é mapeada por câmeras fotográficas que disparam automaticamente a partir do movimento dos animais. As imagens captadas servem para realização de estudos.
O Projeto Tatu-bola é executado pela Caatinga desde 2013, em parceria com o Grupo de Especialistas em Tatus, Tamanduás e Preguiças da IUCN e da The Nature Conservancy

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