quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015


PETROBRAS

Luiz Sérgio será relator da CPI

25.02.2015

Petista ocupará vaga deixada pelo PMDB em colegiado da Câmara que vai investigar fraudes na estatal

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Ex-ministro das Relações Institucionais do governo Dilma, Luiz Sérgio foi o nome que teve um trâmite mais fácil para todas as outras bancadas
FOTO: AGÊNCIA CÂMARA
Brasília. O PT indicou, ontem, o deputado Luiz Sérgio (RJ) para assumir a relatoria da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará na Câmara o esquema de corrupção envolvendo a Petrobras. A vaga ao petista foi cedida pelo PMDB, que ocupará a presidência da comissão a ser instalada amanhã.
Luiz Sérgio foi ministro de Relações Institucionais do governo Dilma Rousseff. "É um nome que teve um trâmite mais fácil para todas as outras bancadas", afirmou o líder do PT, Sibá Machado (AC). "É uma pessoa de cabeça muito fria. Precisa ter muita calma e tranquilidade para as polêmicas e aquelas reuniões mais acaloradas, inerentes a uma CPI", disse.
O líder do PT disse que o fato de Luiz Sérgio ter sido relator da CPI dos Cartões Corporativos e ter apresentando um relatório brando, sem pedidos de indiciamentos, não significa que ele terá a mesma postura na CPI da Petrobras. "O clima da CPI é que vai conduzir os debates e a elaboração do relatório", afirmou.
O nome foi defendido também pelo líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), mas encontra resistência de alguns deputados. "Não quero participar desta grande pizza que está sendo montada", afirmou um dos parlamentares insatisfeitos.
Além de Luiz Sérgio, os titulares do PT na comissão serão Afonso Florence (BA) e Valmir Prascidelli (SP). Os suplentes da bancada serão Maria do Rosário (RS), Leo de Brito (AC) e Jorge Solla (BA). A presidência da comissão ficará com o deputado Hugo Motta (PMDB-PB).
Defesa da Petrobras
Militantes petistas e defensores do impeachment da presidente Dilma Rousseff se enfrentaram, ontem, no Centro do Rio, durante um ato em defesa da Petrobras convocado pela Central Única de Trabalhadores (CUT) e pela Federação Única dos Petroleiros (FUP). O confronto deixou dois homens feridos.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estrela do ato, chegou com quase 1h30 de atraso, por volta das 19h30, escoltado por policiais e sem falar com a imprensa. Ele foi aclamado pelos presentes, que gritavam "Lula guerreiro do povo brasileiro" e "Lula sai do chão, o petróleo é do povão".
Segundo a Polícia Militar, cerca de 500 manifestantes se concentraram na Avenida Araújo de Porto Alegre, no Centro. Enquanto uns xingavam Dilma e pediam a saída dela, os defensores do governo diziam que a oposição era "a escória do País".
Diante da confusão, a PM do Rio convocou reforços. No início da noite, 30 policiais do 5º Batalhão e 40 agentes do Batalhão de Polícia de Grandes Eventos faziam a segurança do evento. A PM chegou a informar a detenção de um manifestante, mas depois voltou atrás. O comandante Madeira, responsável pela área, disse ter sido um "engano".
O presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, defendeu que os responsáveis devem ser punidos pelos desvios na Petrobras e que o período em que Fernando Henrique Cardoso (PSDB) presidiu o País também seja investigado. "A corrupção de todos os governos, se houver, tem que ser punida"

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