segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Vendas em shoppings caem 1% no País; Ceará otimista

São Paulo/ Fortaleza. As vendas de Natal nos shoppings tiveram queda de 1%, descontada a inflação do período, e tiveram o pior resultado dos últimos dez anos. Os dados foram divulgados no último sábado (26) pela Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), após pesquisa realizada com cerca de 150 empresas de varejos associadas à entidade. Juntas, essas redes somam 7.500 lojas distribuídas em todo o País.
A queda constatada nas vendas deste ano consideram os produtos comercializados nos shoppings no mês de dezembro. Em 2014, as vendas desse período registraram crescimento real de 3% em relação ao Natal do ano anterior.
"Com crédito mais escasso, juros mais altos, dólar ao redor R$ 4 e inflação elevada não tem como obter resultado positivo nas vendas de Natal. O desemprego maior e as incertezas da economia e da política contribuíram para que o consumidor não gastasse", diz Nabil Sahyoun. Os lojistas esperavam gasto médio de R$ 110 por presente neste ano, mas o consumidor ainda gastou menos. "Foi 10% a menos do que prevíamos, o que mostra a retenção mesmo do consumo", afirma o executivo.
Em Fortaleza, as associações de lojistas ainda não contabilizaram as vendas no Natal, mas as perspectivas são otimistas. "A expectativa é de um Natal melhor, a gente sentiu, sim, uma reação muito boa nas proximidades da data, os shoppings estavam lotados", argumenta o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Fortaleza (CDL Fortaleza), Severino Ramalho Neto.
O presidente da entidade também lembra que, apesar dos dados negativos da Alshop, é importante destacar que o setor de shoppings teve expansão significativa neste ano. "Houve oferta maior de metro quadrado", diz.
No ano, as vendas dos shoppings registraram queda de 2,8% no País, também já descontada a inflação do período.
Emprego
O emprego temporário neste período de Natal também teve o pior resultado dos últimos 15 anos, segundo a Alshop.
Neste ano, foram abertas 96 mil vagas temporárias nos shoppings do país ante 138 mil contratações em 2014, o que representa redução de 30,4%.

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