terça-feira, 29 de março de 2016

Grupo planejava atacar Cratéus e cidade no Piauí

 O grupo interestadual preso pela Polícia Civil no último fim de semana planejava sitiar a cidade de Crateús (a 350 Km de Fortaleza), atacando o Destacamento policial com armas de guerra, enquanto outra parte da quadrilha invadiria uma agência bancária do município. O cenário, batizado de 'novo cangaço', foi evitado por uma operação da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF). Quatro homens foram presos e vasto material bélico foi apreendido. Dois dos homens capturados constavam na lista dos criminosos mais procurados da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).
Na manhã de ontem, os delegados Raphael Vilarinho, Eduardo Tomé e Diego Barreto explicaram que o grupo já era perseguido pelos investigadores há um ano. "Eles agiam no Interior do Ceará, naquela região de Crateús, Novo Oriente, Independência. E têm ramificações em outros Estados. No Piauí, já temos confirmação de participação deles em ataques a bancos nessa modalidade do 'novo cangaço', em que uma parte metralha os destacamentos policiais enquanto a outra explode o banco. Eles pegam populares como reféns, fazendo-os de escudo humano, agindo com bastante violência. Eles estavam se preparando para atacar a cidade de Crateús", disse Vilarinho.
Aquiraz
A operação foi realizada em dois endereços. O primeiro, uma casa de luxo no município de Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
No local, foram encontrados os quatro suspeitos. Atrás de um armário estavam escondidos três fuzis, mais de 300 munições de calibres variados como ponto 40, 9 milímetros, 38, 12, 380, 556 e 762, além de um veículo Volkswagen Golf, balaclavas, coletes à prova de balas, luvas e roupas camufladas.
Foram presos José Silvino Vieira Sales, Wellington Matias de Moura, o 'Pequeno', Francisco Cid-Rei Vieira Coutinho, o 'Reizinho' e José Marcos Gomes de Carvalho. Os dois primeiros constavam na lista dos mais procurados do Ceará. 'Pequeno' fugiu do presídio em 2014.
Em seguida, os policiais seguiram para um outro endereço descoberto nas investigações, na Sabiaguaba, em Fortaleza. Lá, foram encontrados vários 'jacarés', isto é, barras de ferro com pregos destinados a ser deixados pelos bandidos na estrada durante a fuga para impedir a passagem de carros em perseguição, além de uma escopeta calibre 12 e dois veículos, sendo uma Mitsibishi L-200 e um Ford EcoSport roubados e com placas adulteradas. Silvino e Wellington portavam documentos falsos.
"Quando chegamos eles não apresentaram resistência e disseram onde estava o material. Os carros, que eram roubados, seriam usados na fuga. O José Silvino é o número um em ataques a banco no Ceará. O grupo fez os dois ataques em Novo Oriente e em Independência", indicou Raphael Vilarinho.
"As investigações apontam que eles planejavam fazer outro ataque também nos próximos dias a uma cidade do Interior do Piauí", disse o delegado Eduardo Tomé.
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