O senadores do Ceará Eunício Oliveira (PMDB) e Tasso Jeiressati (PSDB) são declaradamente a favor do impeachment de Dilma Rousseff. No entanto, ambos tiveram comportamento diferente de correligionários de outros estados. Em vez de atacar a presidente, como parte dos parlamentares da oposição, eles elogiaram a postura dela em diferentes situações.
Eunício não se inscreveu para interrogá-la em Plenário, mas fez questão de comentar sobre o discurso de defesa de Dilma. “Acho que a presidente fez uma fala equilibrada, foi adequada a fala da presidente”, avaliou.
O senador, que até o início do ano estava entre os aliados da petista, voltou a dizer que considera Dilma uma mulher honeste, embora seu voto colabore para que ela sofra deposição e fique inelegível por oito anos. Eunício destacou ainda que o julgamento tem forte viés político, já que,segundo ele, Dilma teria perdido a governabilidade.
“Não que ela seja uma pessoa desonesta, não que ela não seja uma pessoa correta, mas ela pedalou, deu motivos técnicos, e não teve a condição política”, afirmou.
O senador tucano Tasso Jereissati, que sempre foi oposição a Dilma, focou seus questionamentos na parte técnica do julgamento e lembrou o passado de militante democrata da presidente. “O Brasil todo reconhece e não há nenhum senador nesse plenário que não a respeite por seu histórico de vida”, destacou, ao começar sua fala.
Mas ponderou: “Ocorre que quem está aqui em julgamento não é aquela mulher que enfrentou a ditadura com muita bravura”.
Defensor
Único da bancada cearense a apoiar Dilma Rousseff, o senador José Pimentel (PT) afirmou que Dilma era criteriosa na hora de assinar decretos.“Essa presidenta pode ter qualquer defeito, menos no que diz respeito à condução da coisa pública. Pode ter presidente honesto, mas mais do que a senhora não conheço, e estou aqui há 22 anos”, declarou, acrescentando que uma injustiça estava em curso.FORTE JORNAL O POVO
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