quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Petista apoia reação dos trabalhadores do BB

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A reestruturação do Banco do Brasil, que entre outras medidas vai reduzir o número de agências em todo o País foi repudiada, ontem, na Assembleia Legislativa do Ceará. O deputado estadual Manoel Santana (PT) leu manifesto elaborado pelo Sindicato dos Bancários de Brasília, contra a estratégia do Banco de fechar agências bancárias e ampliar o atendimento digital, além do plano de aposentadoria incentivada e propor redução de jornada de trabalho para parte dos funcionários.
"O Sindicato dos Bancários de Brasília vê com extrema preocupação e condena veementemente as medidas anunciadas no domingo (20) pelo Banco do Brasil, que prevê a redução de 402 agências em todo o país, além da transformação de outras 379 em postos de atendimento", colocou o petista.
Ao anunciar as medidas, o banco apontou que outras 379 agências serão transformadas em postos de atendimento bancário. Atualmente, o BB tem 4.972 agências de varejo e 1.781 postos de atendimento. Outras 51 agências encerraram atividades no último mês de outubro. "Trata-se de mais um triste capítulo do descaso do governo ilegítimo de Michel Temer para com as empresas públicas", disse.
Prejudicada
"Agora usa de uma instituição do porte do BB, que terá reduzido o seu papel de fomentador da economia com o objetivo principal de preparar o terreno para a sua privatização. Como diz o sindicato em nota divulgada à imprensa e a população em geral, perde o mercado interno, perde a sociedade e perde o Brasil".
Para o Sindicato dos Bancários, "será a população a principal prejudicada com o processo de reestruturação em curso, uma vez que é quem sofrerá os impactos diretos da diminuição dos postos de trabalho e da extinção de agências, tão essenciais para o atendimento de qualidade ao público, que já sofre com as filas longas e com o tempo de espera", destaca.
"Fiquei ainda mais preocupado quando assisti a fala do ministro (Henrique) Meireles onde coloca a imposição aos estados de reduzir custos, congelar salários, não contratar servidores e promover demissões, como precondição para pagar o que é direito dos estados, a parte que lhes convém dos recursos repatriados", declarou Santana.
Voltando a tratar do plano nacional de atuação do Banco do Brasil, o parlamentar opinou que, na verdade, a redução seguiria na contramão do problema. "O governo precisa ter projetos e propostas para fazer com que o País volte a crescer e não tomar medidas que provoquem redução de investimentos públicos e façam a economia atrofiar".
Caótica
Em aparte ao discurso petista, Fernando Hugo (PP) afirmou que não poderia deixar de expor que os ex-presidentes da República, Lula e Dilma, teriam passado 13 anos no comando do País, o que não permitiria, agora, descasá-los da situação caótica que o Brasil vive. "Os governos antecedentes ao de hoje foram antidemocráticos. Nos últimos 13 anos não foi feita uma única reforma estrutural que fosse forte e séria. Agora, o que se vê é o caos total desde as câmaras dos menores municípios até a Câmara Federal", relatou o pepista.
Hugo além de lançar a culpa nos petistas, enfatizou que a eles não caberia dar palpites. "Ainda querem dar aula de como conduzir o País que eles não governaram. Precisamos ter o limite do uso da fala ao olhamos para trás e vivenciarmos o estado de calamidade criado pelo desleixo administrativo", disse.
Santana rebateu e negou que os problemas que o Brasil atravessa sejam de responsabilidade de Lula e Dilma. "Isso é um erro e tentativa de manipular a opinião pública. O Governo golpista quer trazer de volta as medidas neoliberais que Fernando Henrique Cardoso tentou implantar. O Banco do Brasil, ao lado da Caixa Econômica são bancos lucrativos. Mas o que se quer é implantar a lógica do estado mínimo e reduzir a força desses bancos", apontou.
Reforçando o posicionamento de Manoel Santana, o deputado Elmano Freitas (PT) também destacou que Banco do Brasil e a Caixa seriam instituições lucrativas durante o Governo petista. "A Caixa contratou mais de 30 mil funcionários para atenderem os projetos como o Minha Casa, Minha Vida, de saneamento básico e pavimentação. A investida de Temer contra os dois bancos não se dá por questão de prejuízo, mas somente uma visão de Estado para reduzir participação e dar mais espaço para outros bancos que não implantarão unidades em cidades do Interior onde não tiverem lucros".
Reclamação
O deputado estadual Ferreira Aragão (PDT) subiu à tribuna da Assembleia Legislativa, ontem, para criticar matéria publicada na terça-feira (22) no Diário do Nordeste. O pedetista cobrou que seu nome não constava entre os 16 relacionados como mais assíduos e participativos na Casa. "Não diria que o jornalista foi maldoso ou desleal, mas quando escreveu que somente são assíduos, está enganado e leva a execração outros 30 deputados. Eu não estou na lista, sendo que sou um dos mais presentes e por várias vezes cheguei aqui para dar quórum e abrir a sessão", reclamou, recebendo apoio de Tomaz Holanda (PMDB), Silvana Oliveira (PMDB) e Manoel Duca (PDT). Eles apontaram que, quando não estão no Plenário, os parlamentares atendem em seus gabinetes ou participam de reuniões em secretarias, por exemplo. Fernando Hugo (PP), Ely Aguiar (PSDC) e Rachel Marques (PT) se mostravam mais tranquilos, afirmando que aquele não seria assunto para levar a tribuna.

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