quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Cearenses avaliam vitória governista

 Onze dos 22 parlamentares da bancada cearense votaram contra o relatório do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), favorável ao presidente Michel Temer. O Ceará foi um dos estados em que Temer foi derrotado.
Nove deputados cearenses votaram pela rejeição da denúncia, entre eles estão quatro dos que se diziam indecisos. Os  deputados Adail Barreto e Raimundo Gomes de Matos se ausentaram da votação. Na tarde de ontem, Matos havia declarado que ainda estava indeciso.
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O resultado da votação da denúncia contra Temer já era esperado, segundo o líder da minoria, deputado José Guimarães (PT). Ele avaliou que as regalias oferecidas pelo governo contribuíram para a aprovação do parecer que recomenda a rejeição da denúncia contra Temer. "Essa foi uma vitória de Pirro, obtida a alto preço, e não uma vitória política. O País vai se tornar ingovernável, quero ver o governo conseguir aprovar alguma matéria aqui na Câmara", disse.
Ao votar pelo partido Solidariedade, o deputado federal Genecias Noronha (CE) negou que os deputados da base tenham sido comprados com emendas parlamentares. Segundo ele, nem metade das emendas foram empenhadas desde o início do ano e todos os deputados receberam de forma igual. "É um direito nosso e isso não influenciou no resultado", garantiu.
Perspectivas
Na avaliação do deputado Aníbal Gomes (PMDB), o resultado poderá ser diferente nas próximas denúncias. "Se fosse denuncia com comprovação, o partido estaria dividido", disse. O deputado Vitor Valim (PMDB) votou contra o partido de Temer por "coerência" e alegou que "ninguém está acima da lei, muito menos o presidente".
Para o deputado Danilo Forte (PSB), a rejeição da denúncia significa "um conforto" para o governo. "As reformas vão vir com mais força e isso vai ajudar a retomar temas importantes para o crescimento do País", disse.
O deputado Odorico Monteiro (PSB) viu o resultado como um aprofundamento da crise política. "A população está perplexa e a qualquer hora podemos ter uma explosão social no País". Já o deputado André Figueiredo (PDT) declarou que o resultado da votação transformou a Câmara em "vergonhódromo".
Colaborou Carolina Curvello

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