O Aeroporto de
Juazeiro do Norte - Orlando Bezerra de Menezes possui potencial para se tornar,
futuramente, um hub doméstico regional. A constatação foi divulgada em um
estudo de mercado realizado para traçar um perfil do equipamento para a
concessão, que deverá ocorrer ainda neste ano, e que será debatida nesta
quinta-feira (21) pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) no Recife. De
acordo com o documento, o Aeroporto "poderá ainda, num meio termo, ser um
hub doméstico regional, ou ainda ter especial afinidade à carga aérea e outros
segmentos de aviação, como aviação geral voltada ao transporte de
trabalhadores". O estudo diz que diferentes prioridades podem ser
assumidas pelo operador.
"Este
poderá, por exemplo, ser explorado como um aeroporto de trânsito local e
conectividade relativamente reduzida, se for o que a sua Região de Influência
(RI) comportar; ou pelo contrário, pode ser um hub de alta conectividade
doméstica e internacional se sua RI for muito relevante economicamente, e sua
posição geográfica e potencial de expansão do sítio assim o permitir". O
estudo também afirma que há espaço para outras dimensões da vocação do
Aeroporto que se referem ao perfil do passageiros (voltados a negócios,
residentes da região) e formas de relacionamento com o entorno (empreendimentos
comerciais, centros de convenções, shoppings) que podem ser fomentadas com
maior facilidade de acesso, como metrô.
Vocações
Segundo o estudo
de mercado, o Aeroporto de Juazeiro do Norte é um terminal doméstico,
conferindo aos passageiros de todo o País acesso ao Cariri e às atrações
turísticas ligadas à devoção ao Padre Cícero. "O Produto Interno Bruto
(PIB) da RI de Juazeiro do Norte - Crato - Barbalha tem crescido a elevadas
taxas: 6,5% ao ano entre 2000 e 2014, ante 3,3% do Brasil", informa o
documento.
Além disso, por
ser significativamente distante de outras grandes cidades regionais ou
metrópoles do Nordeste (como Fortaleza, Petrolina, Teresina e Campina Grande),
"o Aeroporto é a única opção real de conexão aérea para o Cariri e
arredores, o que justifica a demanda elevada por transporte aéreo mesmo em uma
região não tão povoada e com índices de desenvolvimento ainda não tão elevados.
Do total de embarques, 48% é motivado por negócios". Fonte: Diário do Nordeste
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