(FOTO: CID BARBOSA) |
Dos
8,5 milhões de hectares de florestas que cobrem o território do Estado, em 7,4
milhões predomina a chamada vegetação de savana-estépica, termo botânico para o
ambiente de moradia do sertanejo. Contudo, o bioma se encontra ameaçado tanto
pelas mudanças climáticas como, principalmente, pela ação antrópica, como
aponta a climatologista do Laboratório de Mudança Climática do Instituto
Agronômico de Pernambuco (IPA), Francis Lacerda.
"Segundo
a literatura, 40% da Caatinga já está em processo de degradação, mas tenho a
intuição que esse percentual deve ser bem maior. Há uma degradação do bioma em
ritmo muito acelerado pela queima da lenha para uso energético e do
desmatamento para pasto, bovinocultura e agricultura", descreve, afirmando
que os prejuízos atingem ainda o solo, a biodiversidade, os recursos hídricos e
o próprio clima da região.
É
preciso, então, "recaatingar": um neologismo criado para lidar com um
velho problema. Reflorestar o bioma com plantas nativas, naturalmente adaptadas
para a aridez, defende a também coordenadora da rede Ecolume, ajudam na
retenção da água no solo e, consequentemente, a recarregar os aquíferos. Assim
nasceu a expressão "plantar água", pois a revegetação auxilia também
a regular o clima e a trazer maior conforto térmico. Fonte: Diário do Nordeste
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