(Foto: Reprodução) |
De
acordo com informações do Ministério do Trabalho repassadas pela Federação das
Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), o Cariri possui 1.351 indústrias, com
25.966 empregos ativos. Os três segmentos mais representativos são calçados e
couros; construção e infraestrutura; e minerais não metálicos. A partir da
necessidade de fortalecimento do setor, entidades privadas, públicas e de
ensino se uniram a empresários na 2ª Fase do Fórum de Indústrias do Cariri, que
aconteceu em Juazeiro, para construírem um portfólio de projetos de alto
impacto para a região. O momento dá continuidade à 1ª Fase do Fórum, que teve
suas discussões finalizadas em novembro de 2017 e resultou em uma espécie de
diagnóstico, apontando o que se espera construir para o futuro.
Juazeiro
do Norte, Crato e Barbalha mantêm as primeiras colocações entre os municípios
caririenses com maior participação no Produto Interno Bruto do Ceará (PIB), com
3%, 1,17% e 0,57%, respectivamente. Dados do Núcleo de Economia da FIEC, a
partir de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE),
apontam que todo o Cariri representa 7,7% do PIB no Estado. A participação dos
setores da economia na mesorregião sul é liderada por Serviços (50%), Serviços
Públicos (29%), Indústria (12%) e Agropecuária (9%). A representação econômica
da região mediante a indústria no Ceará gira em torno de 5,2%. Juazeiro, Crato
e Barbalha lideram com maior participação, sendo 2%, 0,92% e 0,68%,
respectivamente.
A
empresária Patrícia Coelho, membro do Conselho da Casa da Indústria da FIEC, vê
com bons olhos as ações promovidas para unir a categoria e acredita que o apoio
mútuo dá mais consistência à economia como um todo. “Somos uma região
extremamente privilegiada pela localização geográfica e toda potencialidade que
existe. Acreditamos na força dessa integração, dessa união, que vai se vencer
todos esses percalços e dificuldades desses últimos tempos, que realmente não
têm sido fáceis”, opinou, ao contar que a 2ª Fase do Fórum dá sequência a um
trabalho meio que embrionário, mas que já está em fase de aprofundamento.
Entre
as dificuldades apontadas no primeiro momento, o gerente do Núcleo de Economia
e Estratégia da FIEC, Guilherme Muchale, cita a infraestrutura deficitária,
questões ligadas à estrutura do Aeroporto Regional, falta de proximidade entre
a Academia e os industriais, além de demandas específicas por setores. “Pelos
temas escolhidos, teremos projetos de inovação, sustentabilidade, melhoria de
gestão das empresas, de gestão pública e, consequentemente, acesso a novos
mercados. Por isso, vai se transformar em maior competitividade na indústria do
Cariri”, enfatiza ao contar que um documento com prioridades e projetos será
entregue ao próximo governador do Ceará.
O
Fórum, conforme o diretor da FIEC no Cariri, Marcos Tavares, tem pretensão de
ser um dos norteadores para abrir novos negócios na região, além de contribuir
no direcionamento das empresas já existentes. “É um momento ímpar na nossa
região. A FIEC e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
(Sebrae) têm feito um trabalho muito bom, dando sua contribuição para que
tenhamos um setor mais diversificado”, explicou, ao falar sobre a
parceria.
Tânia
Porto, articuladora regional do Sebrae, reitera que todas essas ações estão
dentro do escopo do convênio, que atende a 40 segmentos em todo o Estado do
Ceará. “Logo mais estaremos trabalhando nosso Plano Plurianual da instituição.
E também vamos ter insumos para subsidiar a estruturação de novos projetos. A
ideia é essa”, finaliza. Fonte: Jornal do Cariri
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