terça-feira, 19 de junho de 2018

Filme inspirado na música “A Saga de Um Vaqueiro” é lançado em Juazeiro do Norte

Juazeiro do Norte. Inspirado na música “A Saga de um Vaqueiro”, da compositora Rita de Cássia – sucesso nas vozes das bandas Catuaba com Amendoim e Mastruz com Leite -, um filme homônimo todo gravado no Cariri foi lançado na noite da última sexta-feira (15). O longa é uma produção independente de Juciesse Filmes e da ProRec Entretenimento, em parceria com a Associação Comunitária Padre Cícero, com sede no bairro Horto. O trailer, publicado há uma semana, já ultrapassa 88 mil visualizações. Em breve, ele estará, integralmente, no YouTube.
Assim como no canção, o filme conta uma história de amor entre um vaqueiro (Lourenço) e uma moça (Morena), filha de um fazendeiro (Marçal). Durante as vaquejadas, os dois se apaixonam, mas devido a distinção de classes, a relação entre eles é interrompida. A separação do casal foi arquitetada pelo pai que enviou a filha para outra cidade. No entanto, ela já estava grávida e tem um filho (Lourenço Filho). Anos depois, eles se reencontram em meio a uma disputa nas pistas. Este roteiro foi adaptado pelo ator e diretor Wallyson Alves, o Lissinho Alves, natural de Juazeiro do Norte, de apenas 21 anos De 40 pessoas que participaram do filme, apenas uma não era de Crato e Juazeiro do Norte, cidades onde foram filmadas as cenas. “Tinha um grupo reduzido de cinco a dez atores. Aí foi um conhecendo outro, indicando”, descreve Lissinho Alves. O jovem roteirista conta que a ideia surgiu a partir de entrevistas que acompanhou durante a tradicional vaquejada na Terra do Padre Cícero. “Já conhecia a música. O texto foi escrito em duas semanas. Aí ficou um pouco fácil, porque a história da música já é muito bonita. Tive destrinchar e seguir novos rumos com novos personagens para acrescentar na história”, completa.
A ProRec Entretenimento surgiu como um programa integrado à Associação Comunitária Padre Cícero, no bairro Horto. A princípio, a ideia era criar uma novela, que já foi toda escrita por Lissisinho Alves. Com a ideia do longa sobre a música e o apoio da Juciesse Filmes, o grupo partiu em busca de apoios durante as gravações, mas sem muito sucesso. “Um ano de articulação e gravação aos trancos e barrancos”, conta o padre Luís Barbosa, presidente da associação. As parcerias são conquistadas no lançamento do filme.
“Nós pensávamos em fazer uma coisa pequena. Aí publicamos um trailer e, de repente, em 24 horas, chegou a 25 mil visualizações. Tiramos da página. Até a Rita de Cássia comentou”, lembra o pároco. Com a repercussão maior, o grupo entrou em contato e conseguiu a liberação da obra. O filme já foi registrado na Biblioteca Nacional.
Segundo o ator e jornalista Márcio Silvestre, que deu vida ao personagem principal, o vaqueiro Lourenço, apesar dos 15 anos de teatro e participação em campanhas publicitárias, a experiência no cinema foi algo novo. “A cena de montar a égua foi o maior desafio, sair cavalgando”, afirma. Ele chegou até o projeto através de indicação de amigos e se encantou com o trabalho independente dos jovens do Horto. “Isso me encantou. O sonho de fazer cinema, conseguiu reunir pessoas de diversos setores e fazer o projeto. Eu sinto que a vontade de fazer foi maior que o financeiro”, completa Márcio.

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