A
Universidade Regional do Cariri (URCA) abriu na noite desta segunda-feira, o II
Seminário de Culturas e Literaturas Lusófonas do Cariri Cearense, que acontece
de 19 a 23 de agosto. Este ano, o evento homenageia o cantor, compositor e
artista plástico, Antônio Carlos Belchior Fontenele Fernandes.
O evento contou com a presença de representante
da família do homenageado e foi aberto com apresentação do Coral da URCA,
executando grandes sucessos do cantor. Canções de sucesso como A Palo Seco e
Como Nossos Pais, com apresentações de solistas do coral, que emocionaram o
público, foram apresentadas. Professores do Departamento de Línguas e
Literaturas, além de alunos e convidados participam desta segunda edição do
seminário.
Palestras,
minicursos, debates, shows em homenagem a Belchior estão programados para
acontecer até a próxima sexta-feira, dia do encerramento. Este ano, se adotou
uma nova estratégia de escolha dos homenageados, através de eleição, na
quinta-feira, e o coordenador do evento, Professor Flávio Queiroz, solicitou a
participação de todos da comunidade acadêmica no processo de escolha, através
de votação nos nomes da escritora e poetisa Florbela Espanca, o escritor Ariano
Suassuna e o poeta Antônio Gonçalves da Silva – Patativa do Assaré. O eleito
estará sendo homenageado na terceira edição do seminário.
Dentro da programação também acontece a
exposição “Pinturas do Belchior”, até o próximo dia 30 de agosto, com os 31
poemas e 31 gravuras em homenagem a Carlos Drummond de Andrade. A exposição
acontece no hall de entrada da biblioteca, no campus do Pimenta, em Crato. A
exposição também será realizada na Unidade Descentralizada de Iguatu e vem
sendo bastante visitada por alunos de outras escolas da região.
A
palestra traçando um histórico dos momentos marcantes relacionados ao País da
pós-ditadura e a obra do Belchior, incluindo comportamento, transformação de
uma geração, renovação, América Latina, foram avaliadas pelo professor doutor
Fábio José.
O evento foi aberto pelo reitor da URCA,
Professor Francisco do O’ Lima Júnior, que destacou a diversidade cultural
existente nos países lusófonos. Ele ainda ressaltou que o seminário este ano
assumiu um significado emotivo e de resgate, por trazer a trajetória de um dos
grandes artistas brasileiros, Belchior.
O Reitor ainda ressaltou a dinâmica do
departamento em promover eventos dessa natureza, utilizar como uma ferramenta
de resistência e que a produtividade deve ser usada acima de tudo como símbolo
de luta, transformação e reestruturação de uma sociedade. “Uma oportunidade
transdisciplinar de aprender e trocar ideias”, disse.
O primo do cantor Belchior, João Bosco, que
esteve representando a família do artista, agradeceu pela homenagem e todo
reconhecimento ao artista. Ele lembrou do momento em que encontrou o seu
familiar famoso, em Recife, de forma inusitada e vivenciou importante momento
de sua vida ao vê-lo pessoalmente pela primeira vez. O Professor Flávio Queiroz
destaca toda a programação com eventos em todos os turnos. Ele ainda
acrescentou o tributo a Belchior nesta quarta-feira, com integrantes do grupo
Dr. Raiz.
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