O vereador do Rio de
Janeiro Carlos Bolsonaro (PSL), segundo filho do presidente Jair
Bolsonaro, publicou hoje no Twitter uma lista de políticos da Assembleia
Legislativa do Rio envolvidos com movimentações financeiras suspeitas. Na
lista, entre nomes do PT, PDT e DEM, há o nome de seu irmão mais velho, o hoje
senador Flávio Bolsonaro (PSL).
A lista faz parte de
um relatório do Coaf (Conselho de Controle das Atividades Financeiras) do ano
passado, que apontou movimentação atípica de auxiliares de 20 deputados da
assembleia fluminense. O nome de Flávio consta devido às transações realizadas
por seu ex-assessor, o policial militar Fabrício Queiroz, que está desaparecido
há meses.
São citados
parlamentares de diferentes pontos do espectro político, como Márcio Pacheco
(PSC) e Márcia Jeovani (DEM). A lista foi publicada pela Folha no dia 12
de dezembro.
Carlos publicou a
relação em resposta a um post do deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ)
feito hoje pela manhã. Nele, Freixo cobra o ministro Sérgio Moro quanto
as atitudes do presidente sobre a Polícia Federal -Bolsonaro tenta interferir
na indicação do Superintendente da PF no Rio.
"E aí, Sergio
Moro, você vai continuar nesse silêncio constrangedor enquanto o seu chefe Jair
Bolsonaro desmoraliza a Polícia Federal pra blindar o Queiroz e proteger a
família? Prefere ficar calado pra não melindrar o clã, ministro?",
escreveu Freixo.
Como resposta, o filho
do presidente postou um print da lista, questionando o colega de Câmara sobre
os nomes do PSOL ali presentes. "Aí maluc(x), o que tem pra falar sobre
estes casos dos amigos do PSOL? Ou vai continuar fingindo que nada existe e que
Copacabana Palace é Venezuela ou Cuba?", provocou.
Dois nomes do PSOL
aparecem na relação: Eliomar Coelho e Wanderson Nogueira -este último, no
entanto, foi retirado em uma atualização da matéria original. Segundo a Folha,
o Coaf não identificou movimentação atípica relacionada ao deputado e a
inclusão de seu nome foi um equívoco.
O relatório do Coaf
foi produzido no âmbito da Operação Furna da Onça, que prendeu no ano passado
dez deputados estaduais do Rio. Ele foi feito a pedido do Ministério Público
Federal.
Ontem, o gabinete da
Presidência respondeu a questionamento do deputado federal Paulo Teixeira
(PT-SP) sobre o paradeiro de seu ex-assessor. "Informo que o senhor
presidente não possui informações referentes ao paradeiro do senhor Fabrício
Queiroz", disse o chefe de gabinete Pedro Cesar Marques de Sousa em
documento.
Fonte: UOL
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