quarta-feira, 19 de março de 2014

Atualizado em: 19/03/2014 - 4:16 am

Vice-prefeito de Maracanaú é acusado de comandar fraudes; Desvio chega a R$ 45 milhões
Vice-prefeito de Maracanaú é acusado de comandar fraudes; Desvio chega a R$ 45 milhões
O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) identificou o secretário de Infraestrutura e vice-prefeito de Maracanaú, Carlos Eduardo Bandeira, como suspeito de liderar esquema de fraude em licitação em cidades da Região Metropolitana de Fortaleza. O vice-prefeito está foragido da justiça.  
O esquema foi desvendado a partir de operação realizada, ontem, em Fortaleza, Maracanaú, Maranguape e São Gonçalo do Amarante. Segundo o MPCE, pelo menos R$ 45 milhões foram desviados dos cofres públicos desde o ano de 2007.
Cabeça
De acordo com o promotor da comarca de Maracanaú, Manoel Epaminondas Vasconcelos, o secretário aparece como uma das lideranças nos esquemas criminosos. “Não na qualidade de vice-prefeito, Carlos Bandeira responde como o secretário que lidera esses vários grupos que se formam para fraudar licitações dentro da pasta de Infraestrutura”, explica.
Pessoa
Bom lembrar que Carlos Bandeira é vice-prefeito da gestão Firmo Camurça (PR). Ele foi nomeado secretário durante a gestão de Roberto Pessoa (PR), em 2007, e na atual administração, acumula as duas funções.
Corrupção
A operação foi originada por meio de dois procedimentos de investigação criminal instaurados para apurar cometimento de crimes de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha contra a Administração Pública do Município de Maracanaú.
Esquema
De acordo com os promotores de Justiça, os ilícitos envolvem as empresas Cacique Construções e Serviços Ambientais Ltda., Alves Oliveira Construções Ltda., R. Schuch Construções Ltda. e J. Filho Construções Ltda., que atuaram de forma “intencional”, no sentido de se beneficiar com recursos públicos de Maracanaú. Segundo o MP, o grupo tentava manipular processos licitatórios da Prefeitura. Algumas das empresas envolvidas foram criadas apenas para disputar as licitações.
“Além das quatro empresas, verificamos núcleos que envolvem outras empresas, inclusive, participantes das licitações, mas ainda são objetos de investigação”, afirma o promotor de Justiça de Maracanaú, Haley de Carvalho Filho.
Prisões
Os mandados de prisão e busca e apreensão foram solicitados pelo Ministério Público e expedidos pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Maracanaú, Antônio Jurandy Rosa Júnior. Ao todo, a Justiça expediu 15 mandados de prisão e 26 de busca e apreensão.
Ao todo, 18 mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas secretarias de Infraestrutura e Orçamento, Gestão e Finanças, além de casas, prédios de luxo e empresas de construção civil e 10 envolvidos no esquema foram presos: Edson Pereira de Souza (membro da comissão de licitação); Marcos Henrique Bandeira de Melo (irmão do secretário de Infraestrutura); Frederico Pinheiro Magalhães (sócio da R. Schuch); Jairo Fontenele (sócio do empresa Cacique Construções); Marcos Barboza da Silva (coordenador de fiscalização da Secretaria de Infraestrutura); Rafael Freitas Reis de Melo (funcionário da Alves Oliveira Construções); Elaine Cristina Mota (membro da comissão de licitação); José Pereira Nunes Filho (sócio da empresa J. Filho); Egídio Cordeiro de Abreu Filho (membro da comissão de licitação) e Antônio Alves da Cruz (mestre de obras e sócio da Alves Oliveira Construções).
Os presos foram encaminhados para a Delegacia de Capturas, em Fortaleza. Outros cinco seguem foragidos, dentre eles o vice-prefeito Carlos Eduardo Bandeira. Foram apreendidos pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), documentos, computadores e notas promissórias. Ao todo, 155 policiais participaram da Operação.
Com informações do jornal O Estado

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