sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Infidelidade da base na Câmara aumenta com Dilma no poder

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No ano em que foi reeleita e enfrentou várias rebeliões nos partidos que apoiam seu governo no Congresso, a presidente Dilma Rousseff viu a disciplina da sua base na Câmara dos Deputados atingir o ponto mais baixo desde a chegada dos petistas ao poder.
Os deputados federais das nove siglas que formam a coalizão governista votaram 66% das vezes de acordo com a orientação da liderança do governo na Câmara neste ano, segundo o banco de dados legislativos mantido pelo Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento).
Isso significa que a base de Dilma é a mais indisciplinada com a qual um governo contou na Câmara desde a volta das eleições diretas para presidente, em 1989. Em 34% das vezes, os deputados governistas votaram contra o governo.
Ex-presidentes que enfrentaram graves crises políticas tiveram mais apoio parlamentar do que Dilma. Em 1992, quando Fernando Collor (1990-1992) sofreu impeachment, a taxa de fidelidade de sua bancada atingiu 92%. Em 2005, quando o mensalão foi revelado, Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) teve 79%.
Para o cientista político Carlos Pereira, professor da Fundação Getúlio Vargas do Rio, a baixa disciplina da base governista é resultado de erros cometidos por Dilma na gerência de uma coalizão partidária muito grande, e que reúne siglas muito distintas.

Editoria de Arte

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