sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

CAMPEONATO CEARENSE

Vitória dos goleiros

30.01.2015

Com ataques falhando e goleiro se destacando, média de gols das cinco primeiras rodadas é a pior em dez anos

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Rafael, do Quixadá, foi decisivo para manter o 0 a 0 diante do Fortaleza, no PV
FOTO: KIKO SILVA
É comum a 1ª Fase dos Estaduais ser o território dos atacantes, o momento em que os artilheiros aproveitam para marcar muitos gols, beneficiados pela fragilidade de alguns times figurantes. Com isso, a média de gols desta fase geralmente é alta, contribuindo para a média geral, antes do 'afunilamento'.
Porém, o Campeonato Cearense deste ano tem fugido à regra, ostentando uma média de gols baixíssima até a 5ª rodada: 1,7, a pior dos últimos 10 anos de certame. De 2006 pra cá, ao serem disputadas cinco rodadas, as médias sempre foram acima de dois gols, e em cinco edições até de três gols, como 2006 e 2007 (3,7 gols por partida), e em 2014 (3,1).
Neste ano, em 20 jogos foram marcados apenas 35 gols, sendo que apenas em um jogo uma equipe venceu por dois gols de diferença: o placar mais dilatado foi na vitória do Ceará por 3 a 0 contra o Itapipoca.
As justificativas para os números ruins de 2015 variam, desde a qualidade dos gramados até a postura das equipes, que entram em campo pensando em não sofrer gols. Outro fator a ressaltar é a intervenção dos goleiros, que estão se sobressaindo no início de Estadual. Os jogos de Ceará e Fortaleza são os exemplos mais recentes, com o goleiro Alberto, do Itapipoca, e o do Quixadá, Rafael, evitando pelo menos quatro gols dos times grandes.
O gerente de futebol do Ceará, Diego Cerri, expôs seu ponto de vista sobre a baixa média de gols do campeonato até então.
"As equipes estão priorizando a marcação, principalmente quando jogam contra os times grandes. Assim, jogando em detrimento do ataque, acaba que isso reflete na média de gols. Além do que, a preparação das equipes grandes é prejudicada pelo início precoce do campeonato e acaba nivelando o jogo".
O diretor de futebol do Fortaleza, Marcelo Paz, vai na linha do gerente alvinegro. "O que eu coloco no futebol é que cada vez mais os times estão se preparando para o outro não fazer gol. O que buscam é colocar 10 atletas atrás da linha da bola. Não é uma desculpa, mas explica um pouco dessa escassez de gols", disse.
O treinador do Icasa, Vladimir de Jesus, preferiu 'defender' a pontaria dos atacantes. "Alguns campos ruins prejudicam pois, fica mais difícil para a conclusão. O Icasa até o momento só jogou em gramados com boas condições de jogo no Romeirão e no Domingão. Mas no nosso caso foi a última equipe que, se apresentou e a tivemos pouco tempo de trabalho".

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