terça-feira, 27 de outubro de 2015

Quixadá festeja 145 anos de emancipação política

A cidade ostenta o título de "Terra dos Monólitos", numa alusão ao seu peculiar parque montanhoso natural ( Foto: Morgana Bavaresco )
Quixadá Considerada a maior cidade do Sertão Central, Quixadá comemora hoje 145 anos de emancipação. A festa será modesta, com a partilha do bolo de aniversário e um show especial, apresentado exclusivamente por artistas da terra, com a participação de Kildery & Forró Só Nóis, Alucinasamba e Boneca Cobiçada, explicou o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Fabiano Barbosa.
"A festa, para os quixadaenses, começa às 19 horas, na praça do Ginásio Poliesportivo Governador Gonzaga Mota. Antes, cumprindo as agendas oficiais, tradicionais nos municípios, haverá a inauguração da Academia da Saúde e do Centro de Reabilitação e Fisioterapia", ressaltou. O encerramento da comemoração do aniversário está programado para o fim da semana, com a realização do Quixadá Xtreme, na Praça José de Barros e da IV Arena Cross, uma competição do motocross, na pista do Lago dos Monólitos, acrescentou Barbosa.
Conhecida como a cidade universitária do Sertão Central, considerada uma das mais belas do Ceará e também a capital dos esportes de aventura do Estado, a "Terra dos Monólitos", cujo título faz alusão ao seu peculiar parque montanhoso natural, um dos poucos no Brasil, Quixadá era um pequeno povoado quando, no dia 27 de outubro de 1870, foi elevado à categoria de vila, após a promulgação da Lei provincial N° 1.347, desmembrando-o de Quixeramobim.
Desde então Quixadá tem sido o centro das atenções da região. Segundo historiadores, a forte urbanização do Município ocorreu a partir do século XIX, com a instalação da estrada de ferro que ligava o Cariri a Fortaleza. A produção de algodão exportado para a Inglaterra, que nesta época vivia a Revolução Industrial, também influenciou fortemente essa expansão. Dez anos depois, por ordem de D. Pedro II, era iniciado o projeto de construção do Açude do Cedro.
Com o projeto e a construção do Açude, a vila passou a receber ainda mais imigrantes vindos de diversas regiões, na época estimados em 30 mil. Ao mesmo tempo, diversas estradas foram construídas. Este processo acelerou a urbanização local, fazendo com que, em 17 de agosto de 1889, a vila recebesse foros de cidade pela Lei Provincial Nº 2.166. Detalhes dessa história são contados no livro "Retalhos da história de Quixadá", do memorialista João Eudes Costa.
Escritores
Na edição, ele destaca o Açude do Cedro, o Chalé da Pedra e outros escritores como Jáder de Carvalho e Rachel de Queiroz, a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras, que, apesar de ter nascido em Fortaleza, possuía uma relação muito forte com a cidade, visitando-a constantemente, quando se hospedava na sua Fazenda Não Me Deixes, outra atração turística do Município, que herdou do pai, Daniel de Queiroz.
Mesmo castigada pela estiagem prolongada e os limitados recursos públicos, Quixadá esbanja atrativos para os visitantes. A pedra da Galinha Choca, no entorno do Cedro, a Pedra do Cruzeiro, no Centro da cidade, o Santuário de Nossa Senhora Imaculada Rainha do Sertão, no platô da Serra do Urucum, de onde os pilotos de voo livre de todo o Mundo decolam em busca de recordes, ainda as dezenas de trilhas e a boa estrutura hoteleira, oferecem opções para os religiosos, esportistas e amantes da natureza.

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