terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Turistas animam corredores de compras de itens típicos

Os visitantes que buscam levar para casa um pouco da cultura cearense, por meio das castanhas, redes ou demais artesanatos, não deixam de passar no Mercado Central ou no Centro de Turismo do Ceará (antiga Emcetur)
Na Avenida Monsenhor Tabosa, já foram detectados incrementos de fluxo e de vendas desde a semana passada ( Fotos: Thiago Gadelha )
A cidade de Fortaleza está repleta de turistas. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis Ceará (ABIH-CE), a expectativa é que a ocupação na Capital chegue a 100% na noite da virada. Essa movimentação, que deverá permanecer elevada por toda a alta estação, está animando lojistas e feirantes dos principais corredores comerciais e turísticos da cidade.
De acordo com o presidente da Associação dos Lojistas da Avenida Monsenhor Tabosa (Almont), Antônio Gonçalves, já foram detectados incrementos de fluxo e de vendas desde a semana passada, anterior ao Natal. É um alívio para os comerciantes da região, que, assim como outros setores econômicos, vêm sofrendo perdas durante o ano.
"Muitos turistas escolheram Fortaleza para passar as férias e as vendas melhoraram", pontuou Gonçalves.
Conforme o Diário do Nordeste noticiou na edição do dia 11, a renda gerada pelos 1,05 milhão de turistas que vêm ao Ceará nesta alta estação deverá atingir R$ 3,96 milhões, 7,65% a mais que o gerado entre dezembro de 2014 e fevereiro deste ano. Do total, 992.500 deverão vir de outras cidades brasileiras e 57.500 de outros países, sendo a maioria da Itália. A estimativa é que cada visitante desembolse, em média, R$ 2,2 mil.
Expansão
Segundo Gonçalves, a perspectiva é de aumentar pelo menos em 15% as vendas durante o período. Ele lembra que, em outros anos, esse crescimento chegava a ser de 30% a 40%, o que não deve se repetir em 2016 por conta da crise econômica - com isso, a estratégia é apostar em liquidações. "Muitas lojas estão com prateleiras cheias e fazendo promoções para receber os lançamentos", explicou o presidente.
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Artigos culturais
Os visitantes que buscam levar para casa um pouco da cultura cearense, por meio das castanhas, redes ou demais artesanatos, não deixam de passar no Mercado Central ou no Centro de Turismo do Ceará (Emcetur). De acordo com João Eudes, presidente da Associação dos Lojistas do Mercado Central (Almec), a expectativa é de aumentar em 10% o volume de vendas em relação à alta estação de 2014/2015.
"Da semana passada para cá, temos tido muito movimento. Fortaleza está sendo muito procurada pelos turistas e deve estar cheia até a primeira quinzena de fevereiro, por conta do Carnaval", destacou. O presidente ressaltou o impacto positivo do aumento do dólar para o setor, estimulando o turista nacional a permanecer no País por conta dos preços altos lá fora, e o internacional a vir ao Brasil devido aos valores atrativos.
O Centro de Turismo do Ceará também está bem movimentado nesses dias, segundo Carlos Bezerra, vice-presidente da Associação dos Lojistas do Centro de Turismo (Acentur). Parte da rota turística das agendas de viagem, o centro tem recebido diversos grupos de visitantes, principalmente das regiões Sudeste e Sul. "Ao meio dia, normalmente, os turistas já foram embora para as praias, mas hoje (ontem) está cheio", destacou.
Crise
Diferente das lojas na Avenida Monsenhor Tabosa, que, apesar do maior consumo neste período, teve um ano de dificuldades por conta do desaquecimento econômico. O Mercado Central conseguiu resistir bem aos desafios e encerrar o ano no mesmo patamar que em 2014. "Como temos uma diversidade grande, doces, bebidas típicas, produtos para cama, mesa e banho, artesanato, bolsas, calçados etc., o cliente tem muitas opções".
A Emcetur também teve um ano pouco melhor que 2014, cujas vendas foram prejudicadas pela Copa do Mundo, apontou Bezerra. "Como temos parcerias com as agências de turismo, o ano inteiro temos movimento por aqui. Agora, na alta estação, é o tempo todo chegando turista. Mas em 2014, foi só acabar a Copa que melhorou para nós", apontou o presidente.

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