quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Taxa de desemprego na RMF mantém estabilidade

O tempo médio de procura por trabalho despendido pelos desempregados aumentou, passando de 33 para 34 semanas, o que representa mais de oito meses ( Foto: Fabiane de Paula )
Com a entrada de três mil pessoas no contingente de desempregados na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) em setembro ante agosto, totalizando 245 mil desempregados, a taxa de desemprego subiu 0,1 ponto percentual, passando de 13,1% em agosto para 13,2% no mês passado. Os dados são da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED/RMF) e foram divulgados ontem pelo Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT).
De maneira geral, o coordenador de estudos e análises de mercado do IDT, Erle Mesquita, avaliou que setembro tem acompanhado a tendência dos últimos meses. "Há uma relativa estabilização, mas em patamares elevados", alerta o coordenador. De acordo com Mesquita, esta alta em setembro é a maior dos últimos nove anos para o mês. "Isso mostra a gravidade do desemprego na Região Metropolitana de Fortaleza. São 79 mil a mais do que em igual período do ano passado", constatou.
Mercado de trabalho
O percentual atual é resultado decorrente do acréscimo de 8 mil pessoas no mercado de trabalho da região e da relativa estabilidade do número de ocupados, 5 mil, ou 0,3%. O tempo médio de procura por trabalho despendido pelos desempregados aumentou e passou de 33 para 34 semanas. O que representa mais de oito meses.
"Este tempo de espera chama a atenção, pois mesmo que o trabalhador tenha direito a receber o benefício do seguro desemprego é apenas por um período que está sendo ultrapassando. Atualmente, existem menos vagas, mais desempregados e a espera se torna maior por uma colocação", descreveu.
Contingente
Para o coordenador do IDT, as vagas nestes últimos meses de setembro, outubro e novembro não tem sido suficiente para acolher todo o contingente. Entre os setores que mais desempregaram, em setembro, foi de serviços e a indústria.
"É preciso um debate com as empresas e as confederações para dar segurança a estes trabalhadores que estão empregados, pois a perspectiva para os próximos meses é muito baixa. Pode ser o maior número de demissões do ano das últimas três décadas", diz o coordenador.
Setorialmente, houve crescimento no número de postos de trabalho na construção, de 3 mil vagas, e no comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas, com 4 mil postos, mas em contraponto houve redução do nível ocupacional na indústria de transformação, com 4 mil vagas e nos serviços, com mais 4 mil empregos.
Para realizar a pesquisa são visitados mensalmente cerca de 2,5 mil domicílios, totalizando mais de 5 mil entrevistas por mês. O levantamento é feito em parceria com diversas entidades, dentro do que se convencionou chamar de Sistema PED.
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