quarta-feira, 30 de maio de 2018

Com cancelamentos diários, Aeroporto de Juazeiro recorre ao Exército mas continua sem combustível

Sem perspectiva de abastecimento, Orlando Bezerra tem
pelo menos um cancelamento por dia (Foto: Carlos Mathias)

Não há expectativa para que o Aeroporto de Juazeiro do Norte receba combustível nos próximos dias. Com voos cancelados diariamente, a gestão do terminal já pediu ajuda a diversos órgãos para reaver o abastecimento, todas sem sucesso.

O Exército Brasileiro esclarece que o Orlando Bezerra, aeroporto por onde passaram 542 mil passageiros em 2017, não está na lista de prioridade do governo e o foco da normalização das operações se restringe aos grandes centros, como Fortaleza.

Através de medidas emergenciais, responsáveis pelas operações em Juazeiro do Norte já tentaram mobilizar a prefeitura, secretários, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Estadual, Bombeiros e, de forma indireta, o governador. "Nada evoluiu de ações concretas para o aeroporto", diz uma fonte.

Os os maiores impactos gerados pela falta de combustível a partir da greve dos caminhoneiros voos cancelados diariamente, voos com escala técnica e mudança de trilho.

Companhias

Ainda segundo informações colhidas no terminal, as restrições não estão maiores por conta da Carta de Acordo Operacional assinada junto a empresa de aviação Avianca. O documento garante, desde março, a operação da aeronave modelo A320, de melhor performance e que substitui o A318.

A Avianca tem cinco voos diários no Aeroporto Regional e atualmente opera com três. A Azul Linhas Aéreas cancela, desde o início da paralisação, pelo menos um voo por dia, são duas operações diárias da companhia. Na Gol, há o uso de escala técnica para abastecimento no voo diário, opera uma frequência por dia.

Efeitos

Em Juazeiro, a greve dos caminhoneiros que se aproxima do décimo dia, fez com que o prefeito Arnon Bezerra (PTB) decretasse Estado de Emergência no fim da tarde desta terça-feira (30).

A falta de combustível parou 80% da frota escolar. Cerca de 4 mil alunos ficaram sem aula na terça-feira. O gás de cozinha está escasso. Na segunda-feira, 28, o estoque de gás de cozinha na maior distribuidora do Cariri estava vazio. Uma escolta de caminhões vindos de Fortaleza e Recife foi negociada para sanar o problema que ainda não tem prazo para ser resolvido.

Com o decreto, as empresas devem assegurar prioridade para atendimento dos serviços públicos essenciais, como transporte escolar, trânsito de ambulâncias,, coleta de lixo, trânsito de viaturas das polícias, Demutran e Guarda Civil, fornecimento de gás de cozinha, fornecimento de oxigênio, exercício das atividades próprias do Conselho Tutelar e Defesa Civil.       Fonte: Site Miséria

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