quarta-feira, 30 de maio de 2018

Comércio de Juazeiro do Norte sente os efeitos da paralisação

Fluxo baixo no Mercado Central de Juazeiro do Norte.
(Foto: George Wilson)
Após vivenciar uma queda considerável no fluxo de pessoas nos últimos dias, devido à paralisação dos caminhoneiros em todo o país, as ruas e mercados do centro comercial de Juazeiro do Norte, o mais importante do interior do Estado, está com o movimento reduzido e lojas fechando mais cedo.

Lojistas e comerciantes da rua São Pedro e do Mercado Central, por exemplo, contam que esta paralisação afetou não só a entrega de mercadorias, mas principalmente a quantidade de clientes de outras cidades e estados, que deixaram de vir a cidade depois da falta de abastecimento dos transportes. “Metade dos meus clientes vem de cidades e estados vizinhos, isso significa um rendimento de 50% a menos, todos os dias”, relata a gerente de vendas de uma grande loja de roupas.

De acordo com dados levantados pela CDL, Juazeiro é uma cidade de comércio peculiar por abastecer o comércio das cidades vizinhas. São cerca de 700 transportes que circulam diariamente entre as cidades do interior e outros estados, como Paraíba, Pernambuco e Piauí.

A supervisora de uma rede de lojas de cosméticos relata que no último levantamento feito contando desde a última quinta-feira (24), houve uma queda de 40% no faturamento, mas espera que haja uma solução. “Minha loja fica em frente a uma movimentada parada de ônibus, há sempre circulação de pessoas, houve uma baixa drástica na movimentação, mas ainda não houve tantos prejuízos. Tenho esta loja e uma em Fortaleza, e nas duas ainda consigo manter uma média”, afirma.

Já a gerente de uma loja de sapatos e bolsas femininas, afirma que sentiu mais pela falta de clientes do que pela não entrega de parte do seu estoque. “Nós temos estoque e renovamos todo mês. Para esse mês de junho tenho mercadoria que já era pra ter recebido, mas tenho o suficiente pra vender bem. O problema são os clientes que praticamente sumiram, desde sábado que estamos tendo prejuízo até em abrir a loja, e quase não ter quem compre”. Ela também se diz otimista com as vendas para as próximas datas festivas, e espera que o problema que atualmente assola o país se resolva.

O Mercado Central de Juazeiro do Norte foi um dos que mais sentiu os efeitos das paralisações e a falta de combustíveis. O equipamento, que acolhe lojistas e ambulantes de todos os ramos, depende diretamente do fluxo de pessoas e mercadorias. Algumas lojas funcionam a “meia porta”, devido o fluxo reduzido, e outras irão fechar um pouco mais cedo, segundo eles, para minimizar os custos de manter a loja aberta.          Fonte: Portal Badalo

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