terça-feira, 31 de julho de 2018

Macrorregião do Cariri registra 778,5 mm de chuva nos primeiros meses


Baixo volume de chuvas reduz a quantidade de água nos
reservatórios e afetam a vida de comunidades (Foto: Reprodução)
Dados do calendário de chuvas da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) apresentam que o Cariri registrou, até o mês de julho, precipitações 12% a menos da média anual. Enquanto a média total é de 884,4 mm, foram notificados 778,5 mm de chuva ao longo dos primeiros meses do ano. O mês de fevereiro foi o que apresentou melhor resultado, com 84,3% de chuva acima da média. Já junho apresentou saldo negativo de 75%.

Conforme apresentou David Ferran, meteorologista da Funceme, para os próximos meses, a característica é de ausência de precipitações na região do Cariri. No mês de julho, a média histórica da região é de 10 mm, mas, até a última semana, foram registrados apenas 2 mm. Historicamente falando, as chuvas na macrorregião têm início em meados do mês de novembro, um pouco antes das demais regiões do Estado do Ceará e, por conta disso, também terminam mais cedo.

De acordo com Alberto Medeiros, gerente regional da Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh), no começo do ano, os reservatórios estavam com 8,79% de sua capacidade. Após a quadra chuvosa, a média da capacidade geral chegou ao percentual de 26,08%. “Ao todo, tivemos um aporte de 105 milhões de m³”, informou, ao dar destaque ao Açude Rosário, de Lavras da Mangabeira, que teve aporte de 33 milhões de m³, e ao Açude Gomes, em Mauriti, que chegou a 89%. “Todos tiveram ganhos, sendo alguns um pouco maiores. O Tomaz Osterne, em Crato, e o Manoel Balbino, em Juazeiro, ganharam 1,5 milhão de m³ e 2,8 milhões de m³, respectivamente”.

Apesar de avaliar a quadra chuvosa de forma positiva, Alberto explica que a situação ainda não chega a dar tranquilidade para o abastecimento das cidades. “Melhorou bastante, mas ainda temos cidades com problemas, como a própria Caririaçu”, mencionou. Como de costume, ele alerta para os cuidados com o consumo, que deve ser feito de forma consciente: “As pessoas têm que continuar economizando, até porque estamos numa região semiárida, onde o normal é chover pouco e ter pouca água nos açudes”.

A atual capacidade dos reservatórios, segundo Alberto, garante consumos que variam conforme a localidade. Em Lavras, por exemplo, seria até meados do ano de 2020, levando em consideração o atual uso. O Manoel Balbino, que atende ao município de Caririaçu, juntamente com o Açude São Domingos, tem garantia até meados do ano de 2019, quando se tem início uma nova quadra chuvosa e espera-se uma mudança positiva no cenário. Fonte: Jornal do Cariri

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