sábado, 29 de junho de 2019

Bolsonaro diz que ministro do Turismo fica no cargo até segunda-feira


Em suas primeiras manifestações após a prisão de três aliados de Marcelo Álvaro Antônio, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que vai analisar o caso do ministro do Turismo assim que voltar ao Brasil e que, caso haja algo robusto, tomará providências.

"Até segunda-feira os 22 são ministros", respondeu o presidente à pergunta sobre se Álvaro Antônio continuará no posto. As prisões foram feitas pela Polícia Federal em decorrência das investigações das candidaturas laranjas do PSL, partido do presidente.

Bolsonaro está em viagem ao Japão e deve chegar ao Brasil neste domingo (30). Ele disse que no dia seguinte se reunirá com o ministro Sergio Moro (Justiça), a quem a PF está subordinada.

"Por enquanto não tem nada, uma vez tendo, como conversado com Moro lá atrás, qualquer coisa mais robusta contra uma ação irregular de um ministro, as providências vão ser tomadas da nossa parte", disse o presidente Jair Bolsonaro.

O presidente disse que já determinou ao ministro que amplie as investigações para todos os partidos que tenham tido exemplos de candidatas que receberam alto volume de recursos públicos eleitorais, com votação ínfima, clássico indicativo de que as campanhas foram de fachada.

"Determinei à PF que investigue todos os partidos onde candidatas receberam quantidades enormes e tiveram votos mínimos. Tem que valer para todo mundo. Não ficar fazendo pressão em cima do PSL para tentar me atingir", afirmou o presidente, em entrevista coletiva, dizendo haver casos tão ou mais graves em outras legendas.

"Existem em quase todos os partidos pessoas dessa maneira [votações ínfimas, apesar do recebimento de grande volume de verba de campanha]. Agora, você não pode simplesmente atirar em cima do PSL", afirmou.

Desde que o caso das candidaturas laranjas do PSL veio à tona, Bolsonaro tem dito que aguarda o avanço das investigações para tomar alguma medida. A repercussão do episódio já resultou na saída de Gustavo Bebianno da Secretaria-Geral da Presidência.

O então ministro, que comandou o PSL em 2018, disse na ocasião que as revelações não haviam resultado em uma crise dele com Bolsonaro, mas acabou sendo desmentido publicamente pelo vereador Carlos Bolsonaro. O presidente ficou ao lado do filho e demitiu o ministro.

A polícia também investiga esquema de laranjas no PSL de Pernambuco, estado do presidente nacional da sigla, o deputado Luciano Bivar.       Diário do Nordeste

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