quarta-feira, 28 de julho de 2021

Vereadora foi ameaçada de morte em Fortaleza por criar lei que proíbe fogos de artifício barulhentos, diz polícia


A vereadora de Fortaleza, Larissa Gaspar, foi ameaçada de morte em mensagem em rede social por criar o projeto de lei, aprovado na Câmara, que proíbe a venda e o uso de fogos de artifício, conforme explicou nesta quarta-feira (28/07) o delegado responsável pela investigação do caso, Kléver Farias.


O suspeito, que tem 27 anos e não teve a identidade revelada, foi preso. Conforme o delegado, ele usou um perfil falso em rede social para publicar a mensagem com a ameaça a Larissa Gaspar. "Estamos planejando a sua morte, então cuidado com sua família ou na hora de sair de casa", dizia a mensagem. Ela também teve o nome marcado em um vídeo em que um homem exibia armas.


A vereadora afirmou que temia ter a vida em risco devido às ameaças. "A primeira iniciativa que eu fiz foi já registrar tudo aquilo, fazer os prints, produzir as provas, registrar o boletim de ocorrência e encaminhar às autoridades competentes para que pudessem iniciar a investigar o mais rápido possível. Porque a vida pode estar em risco, do seu filho, do seu marido, dos seus familiares, sua mãe, irmãs", disse.


Ainda conforme o delegado responsável, o suspeito preso assumiu a autoria da mensagem e disse que publicou o texto porque queria ver a queima de fogo na Avenida Beira Mar durante o réveillon. "Se você reparar no conteúdo da mensagem, faz mensagem a esse projeto da lei que proíbe fogos. Ele de fato confirmou, foi um descontentamento com esse projeto de lei que é de autoria dela", afirma Farias.


O governador do Ceará, Camilo Santana, se solidarizou com a parlamentar. "Minha solidariedade à vereadora Larissa Gaspar, que sofreu ameaças de morte pelas redes sociais. Que a pessoa responsável por tentar intimidar a parlamentar seja identificada e punida dentro da lei."


Prisão do suspeito


No momento da abordagem, o homem não ofereceu resistência, segundo a polícia. Ele foi conduzido para a sede da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), onde foi registrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por ameaça.


As investigações apontam que o suspeito, que não possuía antecedentes criminais, não integra nenhuma organização criminosa e que as ameaças foram motivadas pelo trabalho desenvolvido pela vítima na Câmara Municipal de Fortaleza.


O trabalho policial foi desenvolvido pela Draco e contou com o apoio do Departamento de Inteligência Policial (DIP) e da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core) da PC-CE.


Fonte: G1 CE

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