sábado, 26 de agosto de 2023

Aluno que ficou paraplégico após ser atingido por aparelho em academia, em Juazeiro, volta a sentir as pernas

FOTO: TV Verdes Mares Cariri / Reprodução

Regilânio da Silva Inácio, aluno atingido por um equipamento em uma academia, voltou a ter sensibilidade nas pernas. Ele disse em entrevista ao g1 que consegue sentir o toque na parte externa de ambas as coxas.


O ex-motorista de aplicativo sofreu uma lesão gravíssima na coluna depois que um aparelho com 150kg de carga caiu sobre os ombros dele. O acidente aconteceu em Juazeiro do Norte no último dia 4 de agosto.


No dia seguinte, ele precisou passar por uma cirurgia de urgência, que durou cerca de quatro horas. A avaliação dos médicos foi de que Regilânio tinha 1% de chance de voltar a andar. Ele não tinha sensibilidade da cintura para baixo, mas recuperou após as sessões de fisioterapia que iniciou após o acidente.


“Já consegui perceber diferença na sensibilidade. Após a cirurgia, eu não sentia nada da cintura para baixo. Agora, já estou sentindo na lateral [parte externa] das coxas. A sensibilidade, a cada dia que passa, está aumentando. Se alguém toca, passa o dedo, eu já sinto”, declarou.



Regilanio disse que faz fisioterapia de segunda a sexta, com três profissionais diferentes — um focado no fortalecimento do tronco, outro nas pernas e mais um para questões de acessibilidade. Em alguns dias da semana, ele faz fisioterapia mais de uma vez por dia.


“Eu estou gostando muito e os fisioterapeutas estão bem confiantes. Eles dizem que estou reagindo muito bem. Eles estão bem otimistas”, disse Regilânio.


“No fim de semana, infelizmente, eu fico triste porque queria [fisioterapia] todo dia mesmo. No dia que não tem, eu até choro. Graças a Deus, [a sensibilidade] está voltando. Aos pouquinhos, porque é um processo lento”, complementou.


‘Objetivo é voltar a andar’

Mesmo com a baixa probabilidade dita pelos médicos, Regilânio demonstrou otimismo com a possibilidade de voltar a andar desde os primeiros dias no período pós-cirúrgico. Ele sempre colocou como prioridade o desejo de retomar completamente o movimento das pernas.


Contudo, ele sabe que não é um processo rápido. “O meu objetivo é voltar a andar. O que tenho na minha cabeça é isso. Sei que é um processo lento, mas só penso nisso. Não penso em outra coisa”, declarou.


“Antes, eu tinha vários planos. Agora, meu único plano, único objetivo, é voltar a andar. Meus planos pararam todos no dia 4 desse mês”, complementou Regilânio.


Fonte: g1 CE

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