terça-feira, 28 de junho de 2022

Dois senadores cearenses assinam pedido de criação da CPI do MEC

Senadores pelo Ceará, Tasso Jereissati e Cid Gomes assinam pedido de abertura da CPI do MEC. Foto: Senado Federal/Divulgação


Os senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Cid Gomes (PDT-CE) assinaram a favor do pedido de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar as denúncias de corrupção e tráfico de influência no Ministério da Educação (MEC). O terceiro senador do Ceará, Eduardo Girão (Pode-CE), não assinou o pedido.

 

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) protocolou o pedido nesta terça-feira (28). Para que a comissão inicie os trabalhos, é necessário que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), faça a leitura do documento em plenário.


O regimento do Senado prevê que pedidos de abertura de CPIs precisam ser assinados por, no mínimo, 27 senadores — um terço dos 81 que compõem a Casa. Até a publicação desta reportagem, 30 parlamentares haviam assinado.

 

A criação da CPI ganhou força na semana passada, após o ex-ministro da educação Milton Ribeiro e pastores denunciados terem sido presos pela Polícia Federal — eles já foram soltos, mas as investigações continuam (leia detalhes após a lista).

 

Lista

Saiba abaixo quais senadores assinaram o pedido de criação da CPI:

 

Randolfe Rodrigues (Rede-AP) — autor;

Paulo Paim (PT-RS);

Humberto Costa (PT-PE);

Fabiano Contarato (PT-ES);

Jorge Kajuru (Pode-GO);

Zenaide Maia (Pros-RN);

Paulo Rocha (PT-PA);

Omar Aziz (PSD-AM);

Rogério Carvalho (PT-SE);

Reguffe (União Brasil-DF);

Leila Barros (PDT-DF);

Jean Paul Prates (PT-RN);

Jaques Wagner (PT-BA);

Eliziane Gama (Cidadania-MA);

Mara Gabrilli (PSDB-SP);

Nilda Gondim (MDB-PB);

Veneziano Vital do Rego (MDB-PB);

José Serra (PSDB-SP);

Eduardo Braga (MDB-AM);

Tasso Jereissati (PSDB-CE);

Cid Gomes (PDT-CE);

Alessandro Vieira (PSDB-SE);

Dario Berger (PSDB-SC);

Simone Tebet (MDB-MS);

Soraya Thronicke (União Brasil-MS);

Rafael Tenório (MDB-AL);

Izalci Lucas (PSDB-DF);

Giordano (MDB-SP);

Marcelo Castro (MDB-PI);

Confúcio Moura (MDB-RO).

 

Prisão de Milton Ribeiro

Milton Ribeiro foi preso no dia 22 – e solto no dia 23 – na ação da Polícia Federal que investiga a suposta atuação de pastores na liberação de recursos do Ministério da Educação.

 

Em março deste ano, se tornou conhecida uma gravação na qual Ribeiro, ainda como ministro, disse que priorizava o repasse de dinheiro a municípios indicados por pastores e que, ao fazer isso, atendia a um pedido do presidente Jair Bolsonaro.

 

Depois, Milton Ribeiro negou. Afirmou que não priorizava municípios indicados por pastores e que Bolsonaro não havia lhe pedido isso. O episódio levou à demissão do então ministro.

 

Com a saída de Ribeiro do cargo, as investigações saíram do STF e foram para a Justiça Federal em Brasília. O juiz Renato Borelli, da 15ª Vara Federal, entendeu que, soltos, Ribeiro e os pastores poderiam interferir nas investigações e, por isso, determinou a prisão deles.

 

Um dia depois, o desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1), com sede em Brasília, mandou soltar os investigados. O magistrado entendeu que medidas cautelares seriam mais adequadas porque Ribeiro não é mais ministro.

 

Fonte: g1 CE

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