O
Plenário do Senado aprovou, nesta quarta-feira (21), a indicação da diplomata
cearense Maria Edileuza Fontenele Reis para o cargo de embaixadora do Brasil na
Bulgária e na Macedônia do Norte. Foram 56 votos favoráveis e 3 contrários. A
embaixada brasileira da Bulgária está representando o Brasil cumulativamente na
Macedônia do Norte, país da Europa oriental estabelecido após a fragmentação da
antiga Iugoslávia. A diplomata cearense já foi cônsul-geral adjunta
em Tóquio (1996-2001) e em Roma (2001-2004). De 2014 a 2017, foi cônsul-geral
em Paris (2014-2017) e, desde 2017, compõe a delegação permanente junto à
Unesco.
O
currículo da nova embaixadora inclui ainda funções desempenhadas como as de
primeira-secretária em missão transitória na embaixada em São Domingos
(1993-1994) e de diretora do Departamento da Europa (2006-2010).
A
indicação da cearense para o cargo foi feita, no dia 20 de maio, pela
Presidência da República, em mensagem ao Senado enviada pelo ministro Onyx
Lorenzoni (Casa Civil). No currículo encaminhado aos senadores, é informado que
ela nasceu no dia 1º de maio de 1954, no município de Viçosa do Ceará, na
Serra da Ibiapaba, na região norte do Estado. Ela é formada em Comunicação
Social pela Universidade de Brasília (UnB), do Distrito Federal, em 1975.
Prioridade
Maria
Edileuza Reis afirmou, em sabatina na Comissão de Relações Exteriores (CRE), na
semana passada, que a prioridade dela como embaixadora na Bulgária será atrair
investimentos brasileiros para aquele país.
“Poucos
sabem que a Bulgária facilita ao máximo a instalação de empresas estrangeiras
de médio e pequeno porte, visando exportar para os outros países da União
Europeia. A carga tributária é muito baixa, cerca de 10%. Mas, em áreas
marcadas pelo desemprego, a carga é ainda menor. A mão de obra é barata e de
alta qualificação. A produção de equipamentos, bioquímica, engenharia elétrica,
biomassa e agricultura são as mais promissoras”, contou.
No
ano passado, o Brasil teve um superávit de US$ 344 milhões no comércio com a
Bulgária. Exportou especialmente minérios, café e fumo, e importou
fertilizantes e adubo. A Bulgária foi fortemente afetada pela crise financeira
internacional de 2008, o que fez com que o PIB do país recuasse 5,5% no ano
seguinte. Mas a situação tem melhorado nos últimos anos e o PIB tem apresentado
um crescimento anual de cerca de 3,5%. A embaixadora acredita que a efetivação
do acordo entre Mercosul e União Europeia, nos próximos anos, deverá aproximar
mais o Brasil da Bulgária. Diário do Nordeste
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