quarta-feira, 30 de setembro de 2020

‘Jardineiro de Brasília’: Caririense é homenageado com nome de praça na capital federal


Conhecido como o “Jardineiro de Brasília”, o caririense que transformou a paisagem urbana da capital federal recebeu uma bela homenagem póstuma. Falecido em 2016, o paisagista agora tem memória viva em praça recém inaugurada na cidade, que recebe seu nome.

Francisco Ozanan Correia Coelho de Alencar agora tem intitulado o mais novo espaço urbano de Brasília, no qual o caririense tanto contribuiu. Nascido em 1943 no Sítio Cabeceiras, zona rural de Barbalha, formou-se Engenheiro Agrônomo na Universidade Federal do Ceará (UFC) e em 1969 mudou-se para a capital federal, para trabalhar na Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), onde atuou por 40 anos, 30 deles como chefe do Departamento de Parques e Jardins (DPJ), até a sua aposentadoria, em março de 2009.

Lá foi nomeado Secretário de Parques e Jardins da cidade, trabalhando diretamente as principais personalidades responsáveis pela formatação do plano piloto de Brasília, como o próprio arquiteto Oscar Niemeyer. Ozanan transformou a cidade como a capital mais bem arborizada do mundo, com mais de 5  milhões de arvores plantadas e mil canteiros de flores em todo o perímetro urbano.


Homenagem 
Em 2016, Ozanan veio a óbito em decorrência de um infarto, aos 72 anos. Nesta terça-feira (29), no dia em que completaria 77 anos recebeu, durante cerimônia guiada pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, a homenagem com o nome da mais nova praça capital. 

A Praça Francisco Ozanan fica na península do Lago Norte, bairro nobre da cidade. 

Histórico 
Cor e beleza são características das ruas de Brasília, graças aos canteiros de flores, espalhados pelos quatro cantos da cidade, além é claro, da exuberância da vegetação dos parques, e dos jardins que enfeitam os órgãos do governo. 

Ozanan é responsável pela implementação de diversas espécies de árvores nas ruas de Brasília, como ipê banco, amarelo, roxo, quaresmeira, copaíba, jequitibá do cerrado, landim, pombeiro e flamboyants vermelhos. Além de manga, jaca, amora, cagaita, jamelão e tantas outras frutíferas. 

Os conhecimentos do engenheiro agrônomo, que deteve sua paixão pela natureza ainda quando morava em Barbalha, foi o que possibilitou estudos para implementação das diversas espécies. Um verdadeiro desafio, visto as condições adversas da extensão territorial onde então estava sendo construída a nova capital do país. 

Na época da fundação da cidade, os pioneiros tiveram muito trabalho até conseguir identificar quais eram as espécies que conseguiam sobreviver no Cerrado. Quando chegou em Brasília, Ozanan começou a trabalhar no viveiro, cuidando de doenças das plantas e controle de pragas. Um mês depois ele se envolveu na construção da Praça do Buriti, onde após suas morte foram jogadas suas cinzas, a pedido dele. Todo este trabalho e trajetória de vida renderam-lhe o apelido carinhoso de “Jardineiro de Brasília”.
Fonte: Site Badalo

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