terça-feira, 11 de agosto de 2015

Campanha no Ceará investiga casos de hanseníase em 692 mil estudantes

A partir desta segunda-feira (10), agentes comunitários de saúde e equipes do Programa
Saúde da Família de 101 municípios do Ceará vão visitar cerca de 3,3 mil escolas do Estado para diagnosticar e tratar hanseníase, tracoma e verminose em alunos de cinco a 14 anos.  A ação vai contemplar  692,9 mil crianças e adolescentes cearenses.
Em todo o país, 2.300 municípios vão receber a visita dos profissionais de saúde.  A meta é que mais de oito milhões de crianças e adolescentes sejam avaliadas na ação, como parte da terceira ediçãoda “Campanha Nacional de Hanseníase, Geo-helmintíases e Tracoma”, do Ministério da Saúde.
A partir de um diagnóstico positivo de hanseníase, será possível descobrir se há outros casos na família ou comunidade, evitando a transmissão da doença. “Quando uma criança está com hanseníase, significa que alguém do convívio dela também esteja. Razão pela qual, os profissionais de saúde também vão examinar familiares e outras pessoas do mesmo convívio. A hanseníase tem cura e a transmissão é interrompida já no início do tratamento”, explica Antônio Nardis, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
Durante toda a semana, os profissionais visitarão as escolas em busca de alunos que
apresentem sinais e sintomas das doenças. Com isso, o Ministério da Saúde espera
aumentar o diagnóstico precoce e identificar comunidades em que a hanseníase, tracoma e
verminoses ainda persistem. Os casos suspeitos de hanseníase serão encaminhados à rede
básica de saúde para confirmação e início imediato do tratamento.
Serão distribuídas mais de 8 milhões fichas de autoimagem para cerca de 45 mil escolas de todo o país que participam da campanha. Nas fichas, com desenho do corpo humano, os responsáveis vão marcar onde as crianças possuem qualquer tipo de machas na pele, para serem avaliadas pelas equipes da atenção básica.
Hanseníase
A hanseníase é um dos males mais antigos da humanidade, já citado na Bíblia e em registros de 600 a.C. na África e Ásia. Doença infecciosa, conhecida como lepra, a hanseníase atinge a pele, os nervos, as extremidades do corpo (braços, mãos, coxas, pernas e pés), o rosto e órgãos como olhos e fígado, podendo causar deformidades físicas se não tratada.
Os primeiros sintomas geralmente aparecem de dois a sete anos após a infecção da pessoa pela bactéria Mycobacterium leprae. A transmissão se dá por meio de espirros e tosses, por exemplo, de uma pessoa doente e sem tratamento. O contágio não é possível por abraços e apertos de mão. Também não é necessário separar roupas, pratos, talheres e copos do infectado em casa. O tratamento é gratuito e inclui coquetel de antibióticos, podendo durar até um ano e meio.
Sintomas
Os principais sintomas da hanseníase são manchas avermelhadas, esbranquiçadas ou amarronzadas no corpo, com diminuição ou perda de sensibilidade ao calor, ao tato e à dor; caroços avermelhados às vezes doloridos; sensação de choque com fisgadas ao longo dos braços e pernas; áreas com diminuição de pelos e suor; e o engrossamento do nervo que passa pelo cotovelo, levando a uma perda da força do quinto dedo da mão.

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