sábado, 30 de março de 2019

Mulheres são maioria da força de trabalho no Judiciário cearense


Vice-presidente do TJCE, desembargadora Nailde Pinheiro é a mulher
que ocupa o cargo mais alto no Judiciário. (Foto: Helene Santos)
Apesar de terem conquistado mais espaço, a participação das mulheres na política e em cargos privados sêniores ainda é inferior à masculina. As conclusões são de um relatório do Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês), que traçou um panorama pouco animador da igualdade de gêneros em 149 países. O Ceará não foge à regra nacional e mundial mas, em um segmento, elas ocupam um nível de participação superior ao dos homens: no Judiciário.

No âmbito deste Poder, elas representam mais da metade (52,57%) da força de trabalho, considerando todos os níveis de ocupação. Não por acaso, o Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) ocupa a segunda posição do Nordeste em número de desembargadoras - 15 de um total de 43 cargos -, o que representa 34,88% do total, atrás apenas do Estado da Bahia, que tem 45% de mulheres ocupando o maior cargo da magistratura estadual.

Considerando a Justiça de primeiro grau, esse percentual é de 34,70% do total dos 415 cargos de magistrado, o que equivale a 144 juízas atuando no Ceará. Enquanto isso, no Poder Legislativo, dos 46 cargos de deputado estadual, apenas seis são preenchidos por mulheres, representando 13,04% do total. O mesmo se vê nas gestões municipais no Estado como um todo: apenas 10,86% das prefeituras cearenses são administradas por mulheres.

O Judiciário cearense teve mulheres no comando em duas ocasiões. Em 1999, a desembargadora Águeda Passos foi a primeira mulher a assumir a presidência do Tribunal de Justiça, já tendo assumido antes a vice-presidência do TJCE e a diretoria do Fórum Clóvis Beviláqua.  Diário do Nordeste

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