sábado, 27 de abril de 2019

Pacientes com Leucemia estão há quase um mês sem medicamento


Pacientes com leucemia do Hospital Universitário Walter Cantídio denunciam estar há quase um mês sem um dos medicamentos essenciais para o seu tratamento, o Mesilato de Imatinibe D 400 mg. Na unidade de saúde, a informação dada é de que não há previsão de quando o remédio estará disponível. 

O representante comercial Francisco Itamar Correia, 70, é um dos pacientes desassistidos e teme ter seu tratamento prejudicado. Diagnósticado há mais de doze anos, mas atualmente em condição estável, ele precisa da fórmula para manter a doença controlada,. "Preciso tomar um comprimido por dia. Minha médica disse que eu não posso deixar de tomar, pois corre o risco do câncer voltar", afirma. 

No entanto, a última caixa recebida pelo paciente, segundo diz, foi no mês de março. "No dia 1º de abril fui pegar uma nova caixa e não tinha mais. Eu ligo sempre mas eles não têm previsão", conta.

Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) esclarece que o repasse do Mesilatode Imatinibe 400mg é feito pelo Ministério da Saúde (MS), mas realizado pela última vez no dia 28 de janeiro deste ano. Segundo a pasta, o total enviado equivale a apenas 30% do total de atendimento do Estado, o suficiente para atender um mês. 

A Sesa comunica, no entanto, já ter solicitado prioridade na entrega do Imatinibe, ratificando que, assim que ocorrer o repasse, previsto para a primeira semana de maio, será providenciada a distribuição. Atualmente, 380 pacientes recebem a medicação pelo sistema público de saúde no Estado.

O medicamento é distribuído para as unidades e centros de oncologia do Ceará, para pacientes contemplados no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas de Leucemia Mielóde Crônica, Leucemia Linfóide Aguda (PH +), GIST e Síndrome Hipereosinofílica.    Diário do Nordeste

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