sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Juazeiro do Norte pode ganhar estátua do Seu Lunga

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Juazeiro do Norte. Na última quinta-feira (21), a vereadora Jacqueline Gouveia (PRB) enviou à Câmara Municipal de Juazeiro do Norte um Projeto de Indicação para a construção de um busto em homenagem a Joaquim do Santos Rodrigues, o "Seu Lunga", folclórico comerciante local, que se popularizou por seu carisma bem particular. Se aprovado, o monumento será construído pelo Poder Público na Praça Cinquentenário, no bairro Socorro, onde ele morou.
A ideia foi do empresário juazeirense radicado em Ilhéus (BA) José Leite de Souza, que esteve em Juazeiro do Norte, em agosto, e lançou a campanha, tentando conseguir fundos. Ele acredita que, depois do Padre Cícero, a figura que mais divulgou a cidade foi Seu Lunga. A proposta foi abraçada pela vereadora Jacqueline Gouveia.
"Seu Lunga é uma das figuras mais conhecidas do Município. Soube marcar presença no mundo socioempresarial e político de nossa terra, sempre conquistando a todos com a sua personalidade. Ele merece ser homenageado para perpetuação de sua irrepreensível memória", justifica a parlamentar no projeto.
No Município, quem coordena o projeto é a professora Rosângela Tenório, que o destaca como uma ação espontânea da sociedade juazeirense e que poderá sair do papel mesmo sem apoio do Poder Público. "Esse projeto está tendo repercussão. As pessoas estão aderindo à ideia e estão bastante entusiasmadas com a possibilidade de tirar uma foto com Seu Lunga", explica a professora.
A proposta ainda passa por discussão de uma ampliação. No lugar do busto, surgiu a ideia de uma estátua de bronze em tamanho real. "Busto é coisa do século passado. Sugeri a construção a estátua como a que tem em Copacabana, no Rio de Janeiro, de Carlos Drummond de Andrade", completa. Como o Projeto de Indicação já foi enviado pela vereadora Jacqueline Gouveia, a estátua só seria possível por uma Proposta de Emenda.
Joaquim dos Santos Rodrigues nasceu em 18 de agosto de1927, no Sítio Gravatá, em Caririaçu. Recebeu o apelido de uma vizinha, que passou a chamá-lo de Calunga, depois reduzido para Lunga. Aos 16 anos, foi morar em Juazeiro do Norte, onde permaneceu até sua morte, no dia 22 de novembro de 2014. Lunga era dono de uma sucata na Rua Santa Luzia, que comprava e vendia eletrodomésticos usados, ferro-velho e máquinas.
Ele ficou conhecido por inúmeras histórias, principalmente em cordéis, sobre sua temperamento peculiar e as respostas ríspidas. Muitas delas eram causos populares que fizeram dele figura folclórica do Nordeste. Diariamente, romeiros visitavam a sucata de Seu Lunga para conhecê-lo e tirar foto. Ele atendia todos sem aborrecimento.

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