quinta-feira, 15 de junho de 2017

PF deflagra operação contra a maior quadrilha do Cariri

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O superintendente da PF no Ceará, delegado Delano Cerqueira Bunn, afirmou que o grupo lucrava mais de dez milhões por mês traficando drogas ( Foto: André Costa )
Uma organização criminosa especializada em tráfico de drogas, integrada por detentos, empresários, profissionais liberais e um advogado foi alvo da 'Operação Cadeia de Comando', deflagrada pela Polícia Federal (PF), ontem, em Juazeiro do Norte. De acordo com o superintendente da PF no Ceará, delegado Delano Cerqueira Bunn, o grupo criminoso atuava há seis anos nos municípios de Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha, além de ter ramificações em Icó e Milagres.
"Era um grupo muito bem estruturado. Para lavar o dinheiro do tráfico de drogas e até de armas, eles utilizavam concessionárias de veículos e a compra e venda de imóveis, sobretudo na cidade de Juazeiro do Norte", pontuou Bunn.
No início da manhã de ontem, os policiais cumpriram 42 mandados judiciais. Dentre as medidas, haviam mandados de buscas e apreensões em imóveis residenciais e comerciais, mandados de prisões preventivas e temporárias, sequestros de bens móveis e imóveis e bloqueios de contas bancárias. Quatro carros, um deles de luxo; R$ 160 mil reais em espécie; documentos e uma pistola foram encontrados durante a ofensiva e apreendidos.
"Também localizamos diversas casas em nome dos traficantes. Quatro delas, no valor de R$ 1,2 milhão, já foram fechadas. Identificamos outros nove imóveis, que também levaremos à Justiça", acrescentou o superintendente. Nessa fase da operação, sete pessoas foram levadas à sede da PF em Juazeiro do Norte e uma está foragida.
"Dentre essas pessoas, há três presos. Eles eram os líderes dessa organização criminosa e comandavam parte do esquema de dentro do presídio. Fomos até a unidade prisional e apreendemos vários celulares, que serão periciados e entregues ao serviço de Inteligência da Polícia Federal, para que possam ampliar nossas investigações", explicou Delano Bunn.
Início
As investigações tiveram início em setembro de 2016. Durante a fase sigilosa das apurações, foram apreendidos 110Kg de drogas; descobertos dois locais onde eram guardados e preparados entorpecentes; e foram apreendidas armas e munições. Segundo Delano Bunn, a quantidade de drogas retida é relativamente pequena frente ao montante traficado por mês.
"A organização criminosa comercializava 250Kg de maconha todos os meses e 50Kg de cocaína. Era a maior quadrilha da região e já temos a informação de que eles possuem ligação com duas facções criminosas do Brasil", acrescentou. Em cifras, com a venda de cocaína o grupo lucrava R$ 10 milhões a cada mês e outros R$ 300 mil com a venda de maconha.
Ainda conforme o superintendente da Polícia Federal, todos os presos já são reincidentes. Além do tráfico de drogas, os suspeitos têm ligação também com assaltos a banco, tráfico de armas e homicídios.

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